Texto

22/03/2015 23:04
Será comovente?!
 
          É Tarde em que brilha o sol. Mas a reclusão vem seduzir um homem  na meia idade que procura conversar com o criador. Sabe como é... Aquela conversa ao pé do ouvido como muita gente diz por aí. Este homem está cercado por um mundo que o instiga, que o faz pulsar o coração, enfim, que sobremaneira o seduz, o comove.
          Mas o comove por quê? Porque não deixa de esquecer das pessoas, das tantas idas e vindas e das múltiplas escolhas que o homem faz durante a sua existência terrena, durante um lapço de tempo que escolheu para respirar, amar e procurar o verdadeiro significado da palavra vida em toda a sua essência, esperando encontrar a segurança, palavra que mais acalenta a sua morada. 
          Mas, talvez o ser humano procure outro estado que provavelmente não encontra durante boa parte de sua passagem na terra; uma palavra teoricamente simples à qual todos os homens, mulheres e crianças anseiam: PAZ.
          Com certeza, a mente humana, por ser talvez um tanto animal, um tanto espiritual, tem em sua essência o desejo, a obstinação, o propósito, ou sei lá o que, de encontrar o seu estado ótimo de ser.
          Mas, como foi dito no início deste texto, o sol continua a brilhar. Continua a queimar a pele humana, sua mente, seu desejo ardente de paz. A paz que o cessar da saudade trouxe por instantes, por momentos felizes; talvez pelo estado espiritual nada latente do homem, da espécie humana, tão enigmática, tão desejosa do transcendente, do alçar voos mais altos, voos que mostrem a não solidão e, por que não dizer do paraíso em que "Adão e Eva foram expulsos".
         Mas, será bem verdade que qualquer homem  deve pagar pelo pecado de um único homem... Mas, é também verdade que a inocência da vida, ou seja, o estado de ser que se encontra em encruzilhadas,  não  pode arcar "toda" a responsabilidade que muitas vezes é imposta, por quem quer que seja.